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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Família da ex-governadora Yeda Crusius perde processo contra o jornalista André Machado

"Acho que o jornalista tem que saber o limite de atuação, estou tranquilo quanto a isso. Há o Código Penal, as pessoas podem reclamar, mas lamento toda a ação movida contra jornalistas, especialmente vinda de políticos." (André Machado)

Foto: Reprodução

Conforme o site Coletiva, por dois votos a um, os desembargadores da Nona Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul mantiveram a decisão de improcedência de pedido de indenização por danos morais para João Guilherme Crusius D`Ávila, neto da ex-governadora Yeda Crusius. A sentença beneficia o jornalista André Machado, da Rádio Gaúcha, réu no processo no qual o menor João Guilherme foi representado pela mãe, Tarsila Crusius.

O processo diz respeito à exposição considerada indevida da imagem do menino, “em situação vexatória”. A foto foi publicada no blog de André no portal ClicRBS, em função da cobertura de manifestação de professores diante da casa da então governadora, em julho de 2009.

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Por Ivan Sgarabotto

As perguntas que ficam são as seguintes: O jornalista sabe mesmo o limite de atuação? Na cobertura da manifestação foi ético e necessário expor menores, mesmo que seja, filho de políticos para arcar com esta 'propaganda' negativa?

São dúvidas cruéis que o profissional convive sempre lado a lado e que decisões são tomadas de imediato, que podem levar a um processo desgastante e manchar a carreira, para beneficiar uma cobertura pessoal e principalmente para a grandeza da empresa.

A ética é bonita quando um veículo expõe para todos e trata do assunto, com a maior ênfase e satisfação. A cobrança diária dos profissionais, em muitos casos ultrapassa dos limites, e a ética fica de lado e mesmo assim, a sua moral e conduta vão ser questionadas internamente.

O jornalista tem a obrigação, ou deveria ter, de saber qual o seu limite (e tem?), até que ponto ele pode chegar? O profissional é humano, e mesmo que isso não possa se misturar, ele possui uma família e tem os seus interesses particulares.

O profissional da comunicação não é um super-homem, mas, ele sabe disso?

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