"Falta de ética é não publicar notícia relevante." (Hélio Magalhães, jornalista)
Por Ivan Sgarabotto
Os meios de comunicação criaram um mundo à parte nas últimas décadas e que a imprensa possui um poder que pode tudo contra todos, como um verdadeiro tribunal de decisões e julgamentos do que é certo ou errado.
Os veículos de comunicação (não se pode generalizar todos) estão mais rigorosos com os seus profissionais e exigem o máximo de uma informação, quase que criando uma notícia sobre o que não existe.
Na segunda-feira, 28 de Março de 1994, quando duas mães foram a uma delegacia na região de Aclimação em São Paulo/SP para fazerem uma denúncia de abuso sexual contra seus filhos, que estudavam na Escola Base, um circo midiático foi montado desde então.
A imprensa de imediato “encontrou” os culpados da denúncia de abuso sexual em crianças (sem a apuração devida e ainda mais sem provas) e ainda condenaram inocentes nem terem sido julgados pelos órgãos competentes judiciais.
Os veículos de comunicação atentados pela "fome" por "audiência" se precipitaram na notícia e não fizeram o básico do que se aprende no primeiro semestre de uma faculdade/universidade, a checagem dos fatos, para a veracidade da informação.
A informação incorreta pode prejudicar os inocentes e foi o que ocorreu na época com os funcionários da Escola Base. O mais normal é ir à justiça e procurar os seus direitos para uma futura indenização financeira, e isso é justo?
Os inocentes foram taxados de pedófilos, suas vidas foram arruinadas e massacradas pela mídia sensacionalista, que com um valor simbólico "resolve" tudo e fica por assim mesmo.
É por estes atos e atitudes que os meios de comunicação precisam de uma autoavaliação para refletir sobre a responsabilidade da informação, não apenas nas universidades, mas, um debate na própria empresa de comunicação, a fim de evitar um espetáculo noticioso que prejudique a vida de inocentes, como no caso da Escola Base.
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