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segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mídia impressa não mete a boca no trombone

"A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa." (Jô Soares)

A mídia impressa rejeitou formalmente na semana passada qualquer embargo à divulgação de documentos oficiais. Fez bem, porque assim atendia ao seu compromisso em defesa da liberdade de expressão.

Falta agora uma manifestação formal, firme e inequívoca contra outra ameaça de silêncio, desta vez imposta pela FIFA e pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para encobrir licitações e custos das obras para a Copa e Olimpíadas.

A opção dos veículos impressos em favor da transparência seria indispensável para desfazer a impressão de que a mídia funciona como um lobby compacto em defesa dos seus próprios interesses e não dos interesses da sociedade.

Embargos e sigilos

Quanto mais diversificada apresentar-se a mídia, melhor será a sua imagem; quanto mais divergências forem registradas entre a mídia impressa e a mídia eletrônica – notadamente a televisão –, mais confiáveis parecerão os jornais e revistas.

As redes de TV dependem da FIFA e do COI para sobreviver. A mídia impressa não depende de governos, muito menos da generosidade dos caudilhos do esporte mundial. E depois que aprendeu a levar a pauta esportiva para a capa e as páginas de opinião ganhou mais visibilidade e mais respeito dos segmentos jovens.

Se a repulsa aos embargos e sigilos conseguir empolgar os torcedores, terminará a era das mordaças. Fonte

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