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quinta-feira, 28 de abril de 2011

A imparcialidade nos meios de comunicação e a ética

"Não há fatos eternos, como não há verdades absolutas." (Friedrich Nietzsche)


O rádio viveu 3 (três) momentos cruciais em sua história, conforme a obra Manual de radiojornalismo: produção, ética e Internet, de Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo de Lima.

Segundo o livro, os três momentos cruciais foram:

- Invenção e propagação;
- Advento da televisão;
- Desenvolvimento da Internet.

De acordo com os autores Heródoto Barbeiro e Paulo Rodolfo, a imparcialidade não existe no jornalista, ela é utópica. O profissional tem o seu próprio mundo e valores.

A isenção é um objetivo a ser perseguido sempre, ela não é estática, é dinâmica.

A ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade, um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação historicamente produzido, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como referência para os homens em sociedade.

O site do Observatório da Imprensa salienta a ética do livro. Conforme o manual, a ética é a aplicação pessoal de um conjunto de valores livremente eleitos pelos jornalistas em função de uma finalidade por eles mesmos estabelecida – e que acreditam ser eficaz. Dois exemplos de conduta ética, numa espécie de "mandamentos" listados pelos autores: "O jornalista só deve dizer a verdade e resistir a todas as pressões que possam desviá-lo desse rumo"; e, "O jornalista não guarda para si informação de interesse público. O compromisso com a verdade e com a sociedade o impede a isso". Parece óbvio, mas esses dois princípios, entre dezenas de outros enunciados no capítulo ética, nem sempre norteiam o radiojornalismo.

Atualmente, com a febre de matérias de denúncia, as emissoras de televisão e de rádio têm abusado do direito de fazer jornalismo investigativo. O manual condena veementemente a gravação de entrevista sem o conhecimento da pessoa. "É uma falsa atividade de jornalismo investigativo. Além de caracterizar invasão de privacidade, essa atitude põe em risco a integridade dos personagens, que são julgados pela opinião pública por frases isoladas ou declarações truncadas fora do contexto dos acontecimentos. Levar gravador escondido e mentir sobre as intenções conduzem o jornalista a falsas apurações."

Parece óbvio que as pessoas de bom senso condenem atitude como essa, mas muita gente aprova esse tipo de jornalismo amplamente praticado no Brasil, sobretudo na TV.

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